Perdemos a magia dos antigos, que te veneravam como Deusa e te respeitavam como Mãe.
Celtas, Xamãs, Wiccas e outros te adoravam como sublime provedora da vida. Conviviam em plena harmonia com tuas vidas e teus segredos.
Mas a magia foi perdida. Combatida e perseguida pelo patriarcalismo religioso, queimada nas fogueiras do medo daqueles que queriam dominar.
A magia, o encanto e o respeito pela Terra, pela natureza foi se perdendo para que os homens pudessem sufocar o teu princípio Feminino, fecundo e infinito, representado muitas vezes num corpo de mulher.
Depois de sufocarem a tua feminilidade que traz vida ao mundo, veio a tecnologia industrial e o capitalismo selvagem dos homens que não pensaram e ainda não pensam no mal que estão te fazendo, roubando de ti tuas riquezas simplesmente para, numa curta estadia sobre tua face, viverem na ilusão de um conforto efêmero. Estão te destruindo e continuarão a destruir.
De nada valerá o esforço daqueles que te defendem porque nem mesmo eles reconhecem que és Mãe, mulher-Deusa e provedora da vida, consideram-te apenas como um lar, uma habitação.
A magia foi perdida, não te veneram mais, não te amam e nem te respeitam.
É preciso que se recupere a magia dos antigos para que seu útero incansável não fique estéril.
Profanaram teu ventre, cuspiram em tuas mamas, dilaceraram tuas entranhas. Poluíram teu sangue e teus pulmões. Magoaram teu coração de Mãe. E se não bastasse, ainda estão querendo te enlouquecer.
Hoje tuas lágrimas choram chuvas de torrente, teu sangue envenena os teus filhos, aqueles que ainda restam. Estás com febre cada vez mais alta, tem tido espasmos nervosos e desequilíbrios de todos os tipos.
Tudo isso porque resolveram, os homens, que o Feminino não era mais sagrado colocando o masculino à sua frente, deixando assim de amar e respeitar o útero maior, que nos dá e mantém a vida.
Vida essa que esta a cada dia mais difícil e infernal porque deixaram de te amar.
Perdoe-os Mãe, porque eles não sabem o que fazem.
Jr. Lupetti
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